Site Meter Sem Salto Alto: 26/11/2006 - 03/12/2006

terça-feira, novembro 28, 2006

Indiscustível

No post do dia 24 de outubro, “pedi ajuda” ao grande Nelson Rodrigues para defender Ronaldinho Gaúcho das críticas que estava recebendo. Fechei o texto com uma máxima rodriguiana, que afirma em alto e bom tom: “a única coisa indiscutível no mundo é o gênio”. Pois é... No fim de semana, eis que Ronaldinho Gaúcho apronta das suas, como mostra o vídeo (que aliás, está sendo visto e revisto na Internet). Indiscutível, não?

segunda-feira, novembro 27, 2006

Bola (de Ouro) pro mato...

Nesta segunda, confirmou-se o nome do zagueiro Fabio Cannavarro como novo dono da Bola de Ouro, tradicional premiação oferecida pela “bíblia” France Football.
Surpresa não foi, até porque a notícia tinha vazado para a imprensa há alguns dias. Merecido? Talvez, o italiano é um zagueiro completo, sem dúvida uma referência da posição atualmente.
Mas a escolha não deixa de ser curiosa. A Bola de Ouro é oferecida desde 1956 e essa é a quinta vez que é oferecida para um jogador da defesa. Cannavarro é o quarto jogador desse setor a ganhá-la (o “Kaiser” Beckenbauer faturou duas delas). O primeiro defensor dono da Ballon D´or foi o lendário goleiro Iashin, em 1963. Nove anos depois, em 72, Beckenbauer levou a dele e repetiria o feito em 76. Depois disso, foram necessários vinte anos para a Bola parar na zaga de novo, mais exatamente na marcação do alemão Mathias Sammer. Fora isso, ela sempre rolou com gosto para atacantes e meias com vocação ofensiva. Para completar, o segundo colocado na lista desse ano foi outro jogador de defesa: o goleiro Buffon, companheiro de seleção do vencedor.
Quem acompanhou a Copa, sabe que ela não teve nenhum brilhantismo. Venceu o pragmatismo defensivo da Itália, numa competição na qual nenhum camisa 10 se destacou, exceto o Zidane. Foi a Copa dos defensores, da galera do desarme: Gattuso, Maniche, Vieira, Zé Roberto... Os antes chamados brucutus roubaram a cena de Totti, Figo, Henry, Ronaldinho Gaúcho.
Numa época em que empresas como Nike e Adidas produzem filmes e peças publicitárias exaltando a irreverência e o futebol-arte, é bom pensar: é isso mesmo que predomina em campo?
Parabéns ao Cannavarro, mas eu ainda acho que lugar de Bola (ainda mais de Ouro) é dentro do gol (e nas mãos dos goleadores e articuladores do ataque). Mas já que o momento pede, Bola de Ouro pro mato, que o jogo é de campeonato...

Foto: Presse-Sports