
As torcidas ainda tinham o apito inicial do juiz no ouvido quando Palermo fez o primeiro. Parecia que o time de Buenos Aires ia chutar a amarelada das duas últimas rodadas para escanteio. Mas havia muito jogo pela frente. E muita história a ser escrita. O Estudiantes não se abalou. Foi para cima. Perdeu boas chances de empatar. Palermo também perdeu gol feito e não ampliou. E o Boca se fechou. Recuou, tentando administrar a vantagem obtida com menos de cinco minutos. Recuou, recuou, recuou mais. O goleiro Bombadilla fazia o que podia para evitar o empate. E até conseguiu, pelo menos até o fim do 1º tempo.
Com o 2º tempo começando, nada mudou. Estudiantes no ataque; Boca na defesa. Ricardo La Volpe, técnico boquense, apostava na covardia e nos contra-ataques que não saíam. O que saiu foi o castigo. Aos sete minutos, de falta.
O empate do Estudiantes dava mais justiça ao placar. E aos 35, veio a virada. Veio a história. O veterano Verón prendia choro em campo. A pirâmide de jogadores sobre Pavone, autor do belo gol que iria quebrar o jejum platense, foi emocionante. A festa nas arquibancadas também. Estudiantes dando aula de raça. Estudiantes campeão. E o futebol, o mais apaixonante dos esportes, agradece.