Antes de mais nada, não tenho nenhuma simpatia pela Ana Paula de Oliveira. Aliás, nem por ela nem por nenhum árbitro em atividade, brasileiro ou não. Bom era o Pierluigi Colina. Só acho importante ressaltar que os erros independem do sexo, da cor ou da nacionalidade do árbitro. O nível da arbitragem mundial é fraco e não é de hoje. Por isso, resolvi listar alguns dos erros de arbitragem mais escandalosos que vi ou que soube pelos registros. E lanço a pergunta. Se eles fossem mulheres, o que diriam sobre eles?
1 - Um rombo na camisa. Nem isso foi motivo para o juiz Abraham Klein marcar o puxão do zagueiro italiano Gentile em Zico, no famoso Brasil x Itália, na Copa de 82. Pênalti que poderia ter mudado a história das maiores equipes que o mundo viu jogar.

2 – Outro pênalti não-marcado, igualmente escandaloso. Na Copa de 94, o italiano Tassoti fraturou o nariz do atacante Luis Enrique, da Espanha, dentro da área. Nem o sangue que escorria do rosto do espanhol foi suficiente para o árbitro Sandor Puhl entender que havia sido pênalti. A Itália venceu jogo por 2 a 1.

3 – Final do campeonato paulista de 1973 entre Santos x Portuguesa. A decisão foi para os pênaltis. Mas Armando Marques encerrou a cobrança de pênaltis antes de todos os lances serem cobrados, declarando o Santos campeão. O absurdo foi tanto que a Federação Paulista acabou dividindo o título entre as duas equipes.
4 – Um “errinho” mais recente, no Brasileirão de 2005. Campeonato, aliás, que foi realmente decidido não só pelos erros, como também pela desonestidade da arbitragem (ou vamos esquecer de Edílson Pereira dos Santos?). O jogo era Corinthians x Inter e o goleiro Fábio Costa derrubou o atacante Tinga na área? O pênalti claro não foi marcado e Márcio Rezende de Freitas ainda expulsou o jogador do Inter por simulação. O jogo terminou empatado em 1 a 1 e o Inter viu os dois pontinhos de uma possível vitória serem fatais para a perda do título.
5 – Dois cartões amarelos geram uma expulsão, certo? Quem gosta de futebol sabe disso, mas o inglês Graham Poll pelo visto não sabia. Na Copa de 2006, mostrou um cartão amarelo para o croata Simunic, aos 16 minutos do 2º tempo. Aos 43 minutos, mostra outro. Simunic (que conhece as regras) sabia que ia ganhar o vermelho e saiu de campo. Só que Poll não deu o cartão. O jogo foi até os 48. Simonic reclamou com o juizão e só aí levou o “segundo” amarelo e o vermelho.
6 – Quartas-de-final da Copa do Brasil, Botafogo x Atlético-MG. O empate com gols dava a vaga ao Galo. E Carlos Eugênio Simon ignorou o pênalti claro sobre Tchô no fim da partida. A vaga ficou com o Botafogo. E dessa vez, não ouvi o Montenegro falando mal de arbitragem.
Poderia listar outras tantas situações. Mas vou fechar a lista por aqui. Coloquei erros diversos, de todos os tipos, ao longo dos anos, só para reforçar a pergunta: se todos esses deslizes tivessem sido cometidos por mulheres, o que teriam dito a respeito?