Site Meter Sem Salto Alto: 27/05/2007 - 03/06/2007

sexta-feira, junho 01, 2007

Patrocínio Morto-VIVO

A parceria entre a CBF e a operadora Vivo parece caminhar a passos largos para o buraco. No amistoso Brasil x Inglaterra, realizado nesta sexta (01/06), em Wembley, a seleção brasileira exibia a marca da campanha pela Copa de 2014 no local onde ficava a marca da patrocinadora. Como uma imagem vale mais que mil palavras, postei duas fotos (que valem por duas mil).


Daniel Alves posa às vésperas do amistoso Brasil x Kwait - 11/10/2006

Edmílson e Afonso, antes do Brasil x Inglaterra - cadê a marca da Vivo?

Fotos: Agência CBF e Site CBF News

quinta-feira, maio 31, 2007

Novo site da Fifa

Site da Fifa de cara nova



Nesta quinta, a Fifa colocou no ar o novo site da entidade. Visual bem legal e menos sisudo que o anterior. Vale a navegada.

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O site não é a única novidade da Fifa apresentada neste dia 31/05. A entidade apresentou ainda os novos números do Big Count, levantamento sobre o futebol no mundo. Ainda esta semana, vou comentar alguns desses números.

Reprodução - Fifa.com

quarta-feira, maio 30, 2007

Querendo aparecer...

Acredite: à direita, temos um chefe de Estado
Os caminhos da política e do futebol se cruzaram e se cruzam em várias ocasiões na História. Geralmente, com a primeira tentando se beneficiar do grande poder mobilizador do segundo. E como já era de se esperar até por sua postura política (ou seria a falta dela?), chegou a vez de Evo Morales entrar nesse campo. Até que demorou para o boliviano vestir a camisa dos que gostam de se auto-promover às custas do futebol. Hugo Chávez, da Venezuela, já está tirando casquinha da realização da Copa América deste ano em seu país para isso.
E agora, o coleguinha boliviano ameaça fazer barulho para convencer o Joseph Blatter, presidente da Fifa, a desistir da decisão de vetar jogos em locais acima dos 2.500 metros de altitude. Para isso, promoveu o “Dia do Desafio” com objetivo de mostrar que a prática de esportes é possível na altitude. Para dar exemplo, bateu uma bolinha na Praça Murillo, em frente ao Palácio de Governo da Bolívia.
Bom, a Fifa em momento algum proibiu partidas na altitude e sim partidas internacionais. Porque para quem está acostumado, jogar bola a sei lá quantos mil metros acima do mar é fácil. O problema é para quem vem de fora. E não adianta comparar altitude com calor de 40 graus ou frio abaixo de zero. Porque Sol escaldante ou frio congelante afetam as duas equipes em campo; altitude não. Afeta um dos lados somente. E isso é sim, fator de preponderante favorecimento a um dos lados. Sou carioca, acostumada a temperaturas altas e a ver capeta se abanando nos dias de verão intenso. Mas me chamem para praticar qualquer esporte sob o Sol de meio-dia... Eu também vou sentir a temperatura. E também vou ficar com três palmos de língua para fora. Na altitude isso não acontece. Ou alguém já esqueceu do Flamengo x Real Potosí, no qual os jogadores rubro-negros se arrastavam e caíam em campo necessitando de balões de oxigênio enquanto os adversários corriam como carros de F1?
Bonito o discurso de Morales, dizendo que “vai bater às portas da Fifa a qualquer hora e sob qualquer circunstância para que saiba, entenda e compreenda que há um país de pé, e um governo que não vai permitir este veto à Bolívia”. Nada pessoal... Mas para mim, é coisa de quem está querendo aparecer.

P.S.: Não consigo levar a sério um chefe de Estado que se propõe a jogar bola numa praça... Por mais que eu considere o futebol muito importante, tenho certeza que a Bolívia tem outras urgências (a começar por cumprir alguns contratos que Morales andou ignorando).
Foto: Reuters

domingo, maio 27, 2007

Alto nível agora, só se for do jogo...

Finalmente, a Fifa fez algo que já deveria ter feito há tempos: proibiu partidas internacionais em altitudes acima de 2.500 metros. A decisão foi tomada neste domingo (27/05) pelo Comitê Executivo da entidade, que se reuniu no 57º congresso da Fifa.
No comunicado oficial, o Comitê Executivo alega que a medida foi tomada por razões médicas e para proteger a saúde dos jogadores e será adotada imediatamente. Felizmente, não foi preciso que nenhum jogador morresse ou tivesse a saúde gravemente afetada para que a entidade máxima do futebol tomasse essa decisão. Até porque torcedor só gosta de “alto nível” quando a expressão serve para descrever a qualidade do jogo.

Tu!

Mais um comercial da Nike, desta vez reunindo Ronaldinho Gaúcho, Rafael Nadal e Paul Gasol. Just watch it!

Erros de arbitragem

Antes de mais nada, não tenho nenhuma simpatia pela Ana Paula de Oliveira. Aliás, nem por ela nem por nenhum árbitro em atividade, brasileiro ou não. Bom era o Pierluigi Colina. Só acho importante ressaltar que os erros independem do sexo, da cor ou da nacionalidade do árbitro. O nível da arbitragem mundial é fraco e não é de hoje. Por isso, resolvi listar alguns dos erros de arbitragem mais escandalosos que vi ou que soube pelos registros. E lanço a pergunta. Se eles fossem mulheres, o que diriam sobre eles?

1 - Um rombo na camisa. Nem isso foi motivo para o juiz Abraham Klein marcar o puxão do zagueiro italiano Gentile em Zico, no famoso Brasil x Itália, na Copa de 82. Pênalti que poderia ter mudado a história das maiores equipes que o mundo viu jogar.

Gentile rasgou a camisa de Zico dentro da área

2 – Outro pênalti não-marcado, igualmente escandaloso. Na Copa de 94, o italiano Tassoti fraturou o nariz do atacante Luis Enrique, da Espanha, dentro da área. Nem o sangue que escorria do rosto do espanhol foi suficiente para o árbitro Sandor Puhl entender que havia sido pênalti. A Itália venceu jogo por 2 a 1.


Nem o nariz arrebentado fez o juiz marcar o pênalti sofrido por Luis Enrique
3 – Final do campeonato paulista de 1973 entre Santos x Portuguesa. A decisão foi para os pênaltis. Mas Armando Marques encerrou a cobrança de pênaltis antes de todos os lances serem cobrados, declarando o Santos campeão. O absurdo foi tanto que a Federação Paulista acabou dividindo o título entre as duas equipes.

4 – Um “errinho” mais recente, no Brasileirão de 2005. Campeonato, aliás, que foi realmente decidido não só pelos erros, como também pela desonestidade da arbitragem (ou vamos esquecer de Edílson Pereira dos Santos?). O jogo era Corinthians x Inter e o goleiro Fábio Costa derrubou o atacante Tinga na área? O pênalti claro não foi marcado e Márcio Rezende de Freitas ainda expulsou o jogador do Inter por simulação. O jogo terminou empatado em 1 a 1 e o Inter viu os dois pontinhos de uma possível vitória serem fatais para a perda do título.

5 – Dois cartões amarelos geram uma expulsão, certo? Quem gosta de futebol sabe disso, mas o inglês Graham Poll pelo visto não sabia. Na Copa de 2006, mostrou um cartão amarelo para o croata Simunic, aos 16 minutos do 2º tempo. Aos 43 minutos, mostra outro. Simunic (que conhece as regras) sabia que ia ganhar o vermelho e saiu de campo. Só que Poll não deu o cartão. O jogo foi até os 48. Simonic reclamou com o juizão e só aí levou o “segundo” amarelo e o vermelho.

6 – Quartas-de-final da Copa do Brasil, Botafogo x Atlético-MG. O empate com gols dava a vaga ao Galo. E Carlos Eugênio Simon ignorou o pênalti claro sobre Tchô no fim da partida. A vaga ficou com o Botafogo. E dessa vez, não ouvi o Montenegro falando mal de arbitragem.


Poderia listar outras tantas situações. Mas vou fechar a lista por aqui. Coloquei erros diversos, de todos os tipos, ao longo dos anos, só para reforçar a pergunta: se todos esses deslizes tivessem sido cometidos por mulheres, o que teriam dito a respeito?