Site Meter Sem Salto Alto: 21/01/2007 - 28/01/2007

quinta-feira, janeiro 25, 2007

Páginas da Bola...

Sou uma mulher que troca fácil qualquer novela por um joguinho de futebol. E talvez por isso, tenho “paciência zero” para as novelas futebolísticas. As coisas que não agüento mais ouvir:

1 – Destino de Nilmar: precisa dizer mais?

2 – A má-relação entre Ronaldo e o Real Madrid: sinceramente, Ronaldo. Vai embora logo. O Real Madrid é um grande clube, mas todo mundo lá acredita (mesmo) que o Raúl é mais jogador que você... Não dá!

3 – O “milésimo” gol de Romário. Zzzzz...

4 – Bagunça na Ferj: quero novidades. O dia que estiver organizado, aí sim, me avisem.

5 – Leão trocando farpas com alguém.

6 – Jogadores brasileiros que vão jogar no exterior; voltam jurando que agora ficam em definitivo no Brasil e seis meses depois recebem uma proposta de qualquer clube gringo e vão embora de novo sem hesitar. Não é, Sávio?!

7 – Vaivém de liminares ratificando ou colocando sub judice as eleições do Vasco.

8 – Jogadores em fim de carreira que topam jogar os estaduais por clubes pequenos e ficam cantando de galo como se estivessem tendo o passe disputado por todos os clubes do G14.

9 - Ronaldinho Gaúcho não é “tão” craque assim: sem comentários...

10 – Mineiro sai ou fica no São Paulo?

segunda-feira, janeiro 22, 2007

Real problema


Ontem (21/02) vi a partida entre Mallorca e Real Madrid, vencida pelo time merengue por 1 a 0. O belo gol de falta de Reyes não oculta um fato: o Real Madrid, atualmente, é um time apenas esforçado. Corre atrás da vitória muito menos por vocação ofensiva e muito mais porque a crise do clube morde os calcanhares de todos, do presidente aos jogadores.
Parece um paradoxo falar em crise quando time é um dos três líderes do Campeonato Espanhol. Mas essa palavra não pode mesmo se afastar do vocabulário da equipe de Fábio Capello, cuja atitude na foto acima já revela muito. Tudo – dos maus bofes deste último ao tratamento dado a Ronaldo – indica que o Real Madrid está cercado de problemas.Desde 2000, o clube apostou numa política ousada (e principalmente, cara): anunciar pelo menos um grande jogador por ano. Vieram Figo, Zidane, Ronaldo, Beckham, Owen, Júlio Baptista, Robinho... E alguns títulos: dois espanhóis (2000/2001, 2002/2003), uma Liga dos Campeões da Europa (2002), um Mundial de Clubes (2002), duas Supercopas da Espanha (2001 e 2003) e uma Supercopa Européia (2002).
Mas o que se esperava era que o time ganhasse tudo sempre. E dando espetáculo. Só que futebol não é assim. Escalação não ganha jogo, nem campeonato. Depois de 2003, o time não ganhou nada em campo mesmo faturando alto fora dele. Os grandes nomes do time fizeram o clube arrecadar em contratos publicitários, venda de produtos licenciados, camisas, excursões... Ideal para o Real Madrid “marca”; um caos para o Real Madrid “clube”. Só na temporada 2005/2006, o Real Madrid conseguiu 292,2 milhões de euros, se tornando a marca mais valiosa do futebol. Conquistou mercados mundo afora. E decepcionou seu cliente mais importante: o torcedor espanhol. Esse, que não escolhe o Real Madrid “marca”, mas o Real Madrid “clube”. Que conhece suas glórias, sua história, que vai ao estádio, aos treinos.
Legal encarar o torcedor como consumidor; ótimo ver o esporte com visão de mercado. Mas no futebol, assim como na propaganda da Mastercard, há coisas que o dinheiro não compra. Um delas é a alegria sincera, visceral e única de comemorar um título. E esse deve ser o maior objetivo de qualquer plano de marketing quando o assunto é esporte (principalmente futebol).