Tragédia na Fonte Nova: imagem do descaso
2 – A polêmica do penta: o “moderno” São Paulo mostrou que, na prática, não é tão vanguardista quanto gostaria. Quando teve a oportunidade de não pensar pequeno e se deixar levar por espertezas típicas da pior politicagem do futebol, negou o pentacampeonato brasileiro do Flamengo. E a briga pela "Taça das Bolinhas" encheu a paciência de todo mundo...
3 – Romário “prorrogando” a carreira até 2008: não sei se ele é técnico ou jogador. Acho até que, atualmente, não é nem uma coisa, nem outra. Mas Romário insiste em continuar “jogando”. Para piorar, foi pego no exame antidoping pelo uso da substância finasterida – usada em produtos contra a calvície e também para mascarar o uso de outras substâncias proibidas.
4 – A queda do Corinthians: o Timão pagou pelos erros de dirigentes, jogadores e até alguns torcedores e vai disputar a Série B em 2008.
5 – Dunga técnico: não sei se é Dunga ou Zangado, tamanho o mau humor apresentado em coletivas e entrevistas. Ele não gosta de ser contestado ou questionado. Mas será que ele achava mesmo que isso não aconteceria quando ele, que nunca tinha sido técnico, assumisse logo o cargo de treinador da Seleção Brasileira?
6 – Violência das torcidas no mundo: Itália, Brasil, Argentina, Espanha... Onde a bola rolou, o pau também cantou. Infelizmente, a violência das torcidas é, mais do que nunca, um fenômeno global.
7 – Mortes em campo: o ícone foi o jovem lateral Puerta,do Sevilla. Mas podia ter sido também o meia Cléber, do Bahia. Foram muitos casos de jogadores de futebol que morreram em campo ou em hospitais, após apresentarem problemas em jogos ou treinos. Será que o calendário apertado ou a valorização do futebol-força não têm mesmo nenhuma relação com essas mortes?
8 – Excesso de casos de doping no futebol: só no Brasil foram 15 casos de doping. Maconha, femproporex, finasterida e sei lá mais o quê. Mas o pior é que, na maioria dos casos, pipocam argumentos que “deve-se levar em consideração os antecedentes do jogador, o passado no esporte”, blá, blá, blá. Mas resultado de exame antidoping é que nem gravidez: não tem meio-termo. E se houve ou não intenção de se dopar (ou engravidar) também não interessa. Quem pariu Mateus que o embale (e no caso no doping, que cumpra a pena prevista para cada situação).
9 – O uso político da Copa de 2014: nem bem a Fifa tinha ratificado o Brasil como sede da Copa de 2014 e os políticos brasileiros já barganhavam sua parte no quinhão, alegremente incentivados pela cúpula da CBF. Ricardo Teixeira tornou-se um dos homens mais poderosos do país – e eu acho isso assustador.
10 – Demissão e readmissão de Cuca: demitido após a vergonhosa derrota para o River Plate, Cuca protagonizou o episódio que, na minha opinião, mostra bem o quanto o futebol brasileiro ainda é amador. O treinador voltou ao comando do alvinegro carioca menos de dez dias depois de ter perdido o cargo. E eu ainda continuo sem resposta: se era o treinador ideal, por que saiu? Seria engraçado, se não fosse triste...
Foto: Welton Araújo/A Tarde/Agência Estado
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Como não sou e nem quero deixar uma imagem pessimista, amanhã publico o "Top 10" das coisas boas que aconteceram em 2007 no futebol. Até lá!