Site Meter Sem Salto Alto: 26/08/2007 - 02/09/2007

sexta-feira, agosto 31, 2007

Será que valeu?

A Fifa enviou nesta sexta (31/08), um fax à CBF, no qual avisa que vai impetrar um recurso no Tribunal Arbitral do Esporte, na Suíça, contra a decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) que decidiu pela absolvição de Dodô no caso de doping pela substância femproporex. A decisão foi tomada a pedido da Agência Mundial Antidoping (Wada), que pediu à entidade máxima do futebol uma investigação para explicar os motivos pelos quais Dodô foi absolvido mesmo tendo tido resultado positivo no exame antidoping.

O Botafogo (e principalmente, Dodô) que se cuidem. Isso porque a estratégia do clube que, segundo tenho visto em algumas reportagens do jornal “Extra” não foi lá das mais transparentes, pode não só prejudicar, como pôr fim à carreira do jogador. Se a pena do código brasileiro era de no máximo 120 dias de afastamento dos campos, a da Fifa e a da Wada prevê até dois anos de suspensão. Já seria ruim para um jogador novo, mas para um atleta de 33 anos, pode ser o fim da linha. Será que valeu a pena o “jeitinho brasileiro” do Botafogo neste caso?

O show vai começar (de novo)

Sorteio dos grupos da Liga dos Campeões 2007/2008
Depois da fase preliminar, vai começar a fase quente da Liga dos Campeões 2007/2008. Nesta quinta (30/08), em cerimônia realizada em Mônaco, a Uefa realizou o sorteio dos grupos. A competição começa dia 18 de setembro e termina 21 de maio, quando acontece a final no Estádio Luzhniki, em Moscou. São oito grupos com quatro equipes; os dois primeiros seguem adiante; os terceiros colocados entram na Copa da Uefa.

GRUPO A: LIVERPOOL, PORTO, OLYMPIQUE DE MARSELHA E BESIKTAS

GRUPO B: CHELSEA, VALENCIA, SCHALKE 04 E ROSENBORG

GRUPO C: REAL MADRID, WERDER BREMEN, LAZIO E OLYMPIACOS

GRUPO D: MILAN, BENFICA, CELTIC E SHAKHTAR

GRUPO E: BARCELONA, LYON, STUTTGART E GLASGOW RANGERS

GRUPO F: MANCHESTER UNITED, ROMA, SPORTING E DÍNAMO DE KIEV

GRUPO G: INTERNAZIONALE, PSV, CSKA E FENERBAHÇE

GRUPO H: ARSENAL, SEVILLA / AEK, STEAUA BUCARESTE E SLAVIA PRAGA (**)

* Em vermelho, estão os cabeça-de-chave.

** Falta a definição da última vaga do grupo H, entre Sevilla e AEK.

quarta-feira, agosto 29, 2007

Belas homenagens

A morte de Puerta protagonizou belas cenas de solidariedade, que poderiam servir como emblema, por exemplo, para as torcidas organizadas no Brasil (todas adversárias entre si, mesmo quando são do mesmo clube). Dirigentes, jogadores, técnicos e torcedores de outras equipes adversárias do Sevilla se solidarizaram com a dor do clube e da família. E deixaram a rivalidade de lado.


Rivalidade à parte, torcedores do Sevilla e do Bétis lamentam a morte de Puerta.

Inter e Barça entraram em campo com a camisa de Puerta, no Troféu Joan Gamper.

Fotos: EFE / Reuters

Triste (e interminável) repetição

Em jornalismo, quando uma notícia é “quente” ou interessante o suficiente para render desdobramentos e matérias relacionadas ao assunto, acontece a “suíte” (termo que designa exatamente este tipo de matéria, feita para remeter ao que já foi tratado ou acrescentar novos fatos). No caso da morte do jogador Puerta, era inevitável que o tema rendesse na mídia: a repercussão da morte, a cobertura do enterrro etc.
Mas nesta quarta (29/08), dia seguinte do falecimento do lateral do Sevilla, outro jogador de futebol teve parada cardíaca e morreu. Desta vez foi o zambiano Chaswe Nsofwa, do Hapoel Beersheba (1ª divisão de Israel). Isto porque ainda ontem, na partida entre Nottingham Forest e Leicester, pela Copa da Liga Inglesa, o jogador irlandês Clive Clarke desmaiou no vestiário durante o intervalo. Foi necessário uso de desfribilizador e o jogo foi suspenso.
Matéria do Globoesporte.com diz que a Fifa vai exigir a construção de uma sala para reanimação de atletas em todos os estádios onde serão realizadas partidas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2010. Mas que não fique por aí... Porque a causa de acontecimentos desse tipo estarem sendo tão freqüentes não pode ser mera fatalidade.

terça-feira, agosto 28, 2007

Triste repetição

Sevilha de luto
Sevilla de luto pela morte do jovem Puerta


A Espanha (e o mundo do futebol) choram hoje pela morte prematura do jogador Antonio Puerta. O lateral-esquerdo do Sevilla tinha 22 anos e faleceu nesta terça (28/08) em decorrência de encefalopatia e de falência múltipla dos órgãos, males causados por conta da perda de oxigênio no cérebro provocada por parada cardíaca. Ele passou mal ainda em campo, na partida contra o Getafe.


Sim, a morte de Puerta foi prematura. Mas não sei se pode ser classificada de “inesperada”, tamanha a freqüência de jogadores que têm morrido em campo ou logo após saírem dele. A memória bem recente traz nomes como o de Serginho (São Caetano), Marc-Vivien Foé (Camarões), Miklos Fehér (Benfica) e do brasileiro Lima (Dempo, da Índia). Uma triste repetição que talvez seja resultado direto do futebol que privilegia tanto a parte física e o esforço contínuo do corpo durante as partidas. Basta olhar um jogo da Copa de 70 (referência do futebol-arte) e um qualquer na atualidade. A cadência é completamente diferente; parece até que o campo encolheu e o número de jogadores aumentou. Sem contar o grande número de partidas do calendário.
Sem dúvida, os métodos de preparação física mudaram, melhoraram, foram aperfeiçoados. Mas o corpo humano continua tendo limites. Mesmo para jovens e esportistas como o talentoso (e já saudoso) Puerta.
Imagem: Reprodução - Site Sevilla

Índice Edílson

A economia tem diversos índices que refletem como anda o mercado monetário. O futebol, a meu ver, também tem os seus. E a julgar por eles, o futebol brasileiro já teve dias melhores.
Um fator que tão bem indica isso é o que batizei de “Índice Edílson” (em homenagem à mais “nova” contratação do Vitória em sua tentativa de voltar à Série A). Já algum tempo, os clubes brasileiros – e não só da Série B – anunciam jogadores “veteranos” como se fosse estes fossem a última Coca gelada do planeta. Como se anunciassem que tiraram um Ronaldinho Gaúcho ou um Kaká do plantel de uma grande equipe européia. Foi assim com Vampeta, no Corinthians; com Petkovic, no Santos; com Edílson, no Vitória. E não deixa de ser assim também com Romário, no Vasco. A estratégia parece refletir algumas causas: desespero (o veterano chega sempre como salvador ou como o grande elemento para desequilibrar jogos); miopia gerencial (o dirigente acredita que um grande nome, ainda que em decadência física e técnica, pode melhorar o humor da torcida); franca decadência de um futebol que parece ter cada vez mais orgulho de ser mero produtor e exportador de talentos; pouco planejamento a médio/longo prazos. Resumindo: falta de seriedade, profissionalismo e até irresponsabilidade com o patrimônio alheio (sim, porque um clube não pertence aos dirigentes, por mais que estes pensem o contrário).
E o pobre futebol brasileiro fica assim, do jeito que a gente anda vendo: sem nenhuma estrela com brilho real, escravo de estrelas cadentes (e de pessoas que ficam fazendo pedidos a elas, enquanto o rastro de luz fica para trás). Ou alguém por aí vê algum camisa 10 que realmente seja 10?

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Não por acaso, matérias como a do jornal “O Globo”, no último domingo, têm aparecido com freqüência. O título traduz a penúria do nosso futebol: “Procura-se o craque do Brasileiro”. Bom, ele com certeza existe... Mas deve ter ido para algum clube da Europa antes de completar 20 anos.
O Globo questiona onde está o craque do Brasileirão
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Aliás, nada mais sintomático sobre Edílson do que seu próprio site oficial. Lá, ele ainda aparece como “Capetinha da Gávea”. Então tá...

O 'atualizado' site de Edílson