Site Meter Sem Salto Alto: 02/12/2007 - 09/12/2007

sexta-feira, dezembro 07, 2007

Tela quente

Mano Menezes se apresenta ao Corinthians Se a TV mostrar backdrop, talvez caia a "tarja" dos patrocinadores nos microfones

Mais quente do que a febre que derrubou esta gripada redatora do “Sem Salto Alto”, somente a briga entre Globo e Record pelos direitos do Brasileirão a partir de 2009. Há vários fatores importantes que serão colocados na balança para decidir quem leva a melhor:

1 – A Globo deve fazer pressão pela volta do mata-mata (e muitos membros do C13 são favoráveis a isso). Durante a Footecon, Marcelo Campos Pinto, diretor da Globo Esportes, fez árdua defesa do formato de playoffs. Segundo ele “os pontos corridos provocam perda de receitas e a discussão sobre qual o melhor formato de disputa do Brasileiro precisa ser reaberta”.

2 – Alguns clubes acenam, ainda que bem timidamente, com a possibilidade de negociarem seus jogos à parte. Flamengo, São Paulo, Botafogo, Atlético Mineiro e mais recentemente, o Corinthians já tocaram no assunto.

3 – O C13 quer negociar os direitos do Campeonato de forma segmentada. Assim, a transmissão por TV aberta, TV fechada, Internet e telefonia móvel seriam negociadas de forma independente e não num único pacote como atualmente. Empresas diferentes – e quem sabe, concorrentes – poderiam adquirir os pedaços mais interessantes para suas estratégias de mercado.

4 – O mesmo C13 pensa em exigir que a detentora dos direitos de transmissão seja obrigada a exibir as marcas dos parceiros dos clubes durante entrevistas coletivas. Seria o fim daquele close horroroso que mostra os pêlos nasais de técnicos e jogadores para evitar mostrar as marcas que aparecem nos backdrops.

5 – Se o Corinthians continuar na Série B (o que eu não acredito muito), a Segundona também vai ter um peso extra na negociação. Lembro ainda que, se a parceria que os corintianos estão alinhando com o Flamengo envolver negociação dos direitos de TV, eles podem aparecer como um elemento decisivo na briga.

6 – A forma como as cotas são divididas entre os clubes também deve ser rediscutida no novo contrato. Atualmente, há cinco níveis de divisão da grana da TV. Tais níveis levam em conta se os clubes são ou não membros do C13 e também o número de torcedores de cada um. Ainda durante o Footecon, Marcelo Campos Pinto sugeriu discutir o modelo italiano de divisão de cotas, onde os clubes da Primeira Divisão ficam com 40% dos valores de transmissão 30% fica dividido com base em níveis de exposição e os outro 30% cabem à premiação

Claro que tudo que listei acima pode não ser tão crucial quanto um único fator: GRANA. E importante mesmo não é saber se a Record ou a Globo (que ainda considero favorita para levar a parada) vai ganhar. Para mim, importante é ter certeza que os clubes ganham. E o futebol brasileiro idem.

terça-feira, dezembro 04, 2007

Site do Kajuru

Tem quem goste, tem quem deteste. Mas ele faz parte do jornalismo esportivo brasileiro. E cá entre nós: tirando o exagero que caracteriza o "personagem", até gosto bastante do fato dele ir além do óbvio. Jorge Kajuru está de volta, dessa vez na internet. Clique aqui e conheça o site do polêmico jornalista.

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A visita ao site já vale só para ter a oportunidade de rever (ou ver, para quem nunca viu), o Globo Repórter que falava sobre a CPI da Nike/CBF. Pena que não deu em nada...

domingo, dezembro 02, 2007

Fiel da cova dos leões

Corinthians rebaixado no Brasileirão Nem a força da Fiel segurou o Timão


Confesso que não acreditava. Mas o Corinthians caiu. Verdade que o clube não caiu hoje exatamente. Caiu ao longo do campeonato. Por toda sujeira fora de campo, o Corinthians caiu dentro dele.

Alguns podem dizer que foi merecido. “O time fez má campanha”, vão esbravejar. “É o preço que se paga pelo Brasileirão roubado em 2005”, dirão outros. “É para mostrar que o futebol brasileiro mudou”. Mas me arrisco a dizer: pode ter sido merecido. Justo, não sei.
Porque não acho justo milhões e milhões pagarem pelo erro de dirigentes pífios, mal-intencionados. Os corintianos foram punidos; os verdadeiros culpados não. Acreditaria que o futebol brasileiro mudou de verdade se os dirigentes pagassem não pelos erros, mas pelos crimes que cometem. Acreditaria que o futebol brasileiro mudou se os clubes grandes caíssem, mas não caíssem também as CPIs do futebol, os processos contra corrupção da cartolagem ou qualquer coisa do gênero.

Infelizmente, no futebol brasileiro caem os grandes clubes, caem até arquibancadas com torcedores (com total omissão dos responsáveis). Só não cai a máscara dessa galera que usa o futebol como instrumento pessoal. E sinceramente, eu preferia ver essa galera caindo do que ver a Fiel desabando na Série B.


Foto: Thiago Bernardes/UOL