Site Meter Sem Salto Alto: 17/06/2007 - 24/06/2007

terça-feira, junho 19, 2007

O maior dos erros de Ana Paula

 Ana Paula e a Playboy: o respeito vai para escanteio Ana Paula e a Playboy: o respeito vai para escanteio


Mais uma vez, a assistente Ana Paula de Oliveira volta às manchetes. Dessa vez, não por erros cometidos em jogos aqui e ali. Mas porque assinou um contrato para posar nua na Playboy.
O futebol é machista. Por mais que cada vez mais mulheres atuem profissionalmente direta ou indiretamente com este esporte, o fato é que é difícil conseguir respeito entre os homens. Sinto e senti isso várias vezes, não só profissionalmente, mas até em bate-papos informais numa roda qualquer. Para ser ouvida numa opinião sobre o jogo, a substituição errada ou sobre algum fato memorável qualquer, sempre precisei me esforçar para não dar brecha. Certa vez, um cara disse na minha cara que mulher não entendia de futebol quando eu disse que ele tinha errado o ano que alguns times haviam sido campeões brasileiros. Tive que citar todos os campeões desde 1971. Na ordem. Sem erro. Enfim... Falo isso para deixar claro que “mulher + futebol = respeito” não é simples. Para que essa soma dê esse resultado é preciso saber o que quer. Tem que entender, conhecer, estudar mesmo. Traçar um caminho e dele não se afastar nunca.
Ana Paula andou cometendo erros graves (como todos os profissionais de arbitragem, vivos ou mortos também já fizeram). Só que o erro mais grave contra sua carreira é o que estar por vir. No momento que estampar as páginas da revista, no instante que virar pôster de borracharia, a profissional de arbitragem que queria conseguir o respeito no futebol vai ratificar o estereótipo que tanto queria contrariar. Misturando os canais, ela faz exatamente aquilo que a macharada esperava, se colocando como objeto sexual. Perdeu, definitivamente, o respeito.
Tenho pena é da próxima mulher que sonha tentar vencer nesse campo e no campo. Porque infelizmente, não tem esse papo de “foto artística”. Não conheço um homem que compre esse tipo de publicação pela arte.
Foto: Divulgação Playboy

As "brincadeiras" já começaram...

Já começou a onda de "brincadeiras"...

E não é exagero dizer que Ana Paula vai ser vista como objeto sexual e que sua decisão equivale a dar um cartão vermelho na possibilidade de conseguir respeito.Nesta terça (19/06), foram várias as declarações e gracinhas a respeito.

“Ela que se prejudica por se expor. Acho que tem muito a perder, pois o jogador não vai mais olhar para ela com o respaldo da autoridade”.
André Lima – atacante do Botafogo, ao Lancenet!


“É muito gostosa, com todo o respeito (...). Ela embeleza o futebol brasileiro. Não deve fazer (as fotos), para o bem dela. Mas ela, sinceramente, é um charme”.
Renato Gaúcho – treinador do Fluminense, ao “Bem Amigos”, do Sportv


“Se eu encontrar com ela num programa de TV, vou pedir (um autógrafo). Caso contrário, peço autógrafo num jogo meu em que ela estiver bandeirando (...).Eu saí na "G" e ela vai sair na "Playboy"... Poderíamos fazer uma dupla. Os dois pelados.”
Vampeta – meia do Corinthians, ao Globo Esporte.com


“Vai dificultar o trabalho dela, que ficará marcada pela revista (...)”
Marco Aurélio Cunha – superintendente do São Paulo, ao Globo Esporte.com

Imagem: Reprodução Globo Esporte.com

domingo, junho 17, 2007

Épico no Santiago Bernabeu

 Real Madrid: uma conquista épica Real Madrid: uma conquista épica
Muitos clubes no mundo têm orgulho de ser grande. Outros, uns poucos, cruzaram essa fronteira. São clubes míticos, cuja força é quase anterior às suas datas de fundação, porque já nasceram com o destino de serem épicos. Mais do que grandes, são grandiosos. O Real Mallorca jogava bem, jogava fácil e parecia disposto a calar o Santiago Bernabeu. Dominou o 1º tempo e parecia que faria o mesmo com o 2º. A torcida merengue assistia a tudo apreensiva. Ainda estava 1 a 0 Mallorca quando Varela (que abriu o placar) perdeu um gol incrível. Seria o 2 a 0, a tampa do caixão. Se a bola tivesse entrado, a história seria outra. Mas não entrou. Não sei se por capricho ou destino. Mas o gol que podia ter dado fim ao Real Madrid deu a ele a força necessária não só para fazer o resultado que precisava como também fazer história. Uma epopéia em 90 minutos. A superação que beira a arte, a glória que se entrelaça com o sonho. E neste domingo, o Real Madrid deixou de ser “galáctico” para voltar a ser “mítico”.
Foto: AP/Terra