Site Meter Sem Salto Alto: 08/04/2007 - 15/04/2007

quinta-feira, abril 12, 2007

Eu sou f...

Mal eu tinha me ajeitado no sofá e o Vasco fez o primeiro gol. Uma bobeira da defesa botafoguense; oportunismo do meia Renato. Ótimo, futebol é isso aí.Mas nem precisei fazer parte da turma de leitura labial do Fantástico para entender o que ele dizia na corrida da comemoração. Batidas no peito e o “brado”: eu sou f...
Esse tem sido um dos “números” preferidos dos jogadores no Brasil. Ontem foi o Renato do Vasco. Mas já foi o Souza, do Flamengo; o Carlos Alberto, do Fluminense e por aí vai...
Quando comecei a acompanhar futebol, vi jogar alguns craques, que figuram na lista dos maiores da história. Vi Zico, Roberto Dinamite, Sócrates, Júnior... Jogadores que marcavam gols com certa freqüência. E que nunca vi explanando tamanha auto-suficiência. Eram jogadores que não vestiam máscara – nem figurada, muito menos literalmente – no momento mais alegre do futebol.
Uma vez, assisti uma entrevista na qual ouvi o Zico dizer:
- Nunca corria para a torcida adversária quando fazia um gol. Eu procurava sempre comemorar com a minha torcida, porque essa era a minha maior alegria.
E ele corria de braços abertos, às vezes, punhos cerrados, sorriso aberto. Pelé dava socos no ar, alegria estampada no rosto. Nada de raiva do mundo, arrogância travestida de extravaso. Ser f... de verdade é isso aí.

A solidão de Romário

Não era noite dele...
Me chamou atenção ontem quando as câmeras da Globo captaram a reação de Romário quando Luciano Almeida converteu e sacramentou a vitória do Botafogo nos pênaltis. O Baixinho estava abraçado aos companheiros de equipe Allan Kardec e Renato.

Assim que a bola entrou, eles saíram. Romário ficou sozinho, talvez pela primeira vez na noite. Olhou a torcida do Vasco, de frente para ele. Era pura decepção, tristeza. Era o próprio retrato da solidão.


Brilha a estrela...do futebol


O que se viu na semifinal da Taça Rio não foi uma chuva de gols simplesmente. O que se viu foi uma enxurrada de futebol-espetáculo. O que se viu no Maracanã foi um épico que emocionou até as torcidas que não estavam envolvidas no jogo.


Foi muito mais que oito gols em 90 minutos. Muito mais que os cinco gols na decisão por pênaltis. Muito mais do que os erros e acertos que forjam heróis e vilões. Foi a teoria do caos imprimindo uma ordem mágica aos fatos. A espera do inesperado, decantada no comercial da Nike. Ontem, Vasco e Botafogo foram meros instrumentos dos deuses do esporte bretão - encarnaram magia, força e brilho. Nunca se viu tanta cor num clássico entre alvinegros.


Engana-se quem acha que brilhou apenas a estrela do Botafogo; ontem, o que brilhou mesmo foi a estrela do futebol. Carioca, brasileiro, mundial. Intergaláctico até.

segunda-feira, abril 09, 2007

Ronaldo nos Simpsons

Cena do episódio dos Simpsons, que promete ser "fenomenal"




Nem Gillardino, nem Inzagui. O próximo parceiro de Ronaldo Fenômeno é... Lisa Simpson. Ainda este mês, a FOX americana vai exibir o episódio no qual o camisa 99 do Milan vai dar uma forcinha ao time da filha do amigo Homer numa escolinha de futebol.

Merecida homenagem ao craque, que faz parte da lista de celebridades que apareceram nos Simpsons. Gente do calibre de Kiefer Sutherland, Natalie Portman, Ramones, Aerosmith, U2, Stan Lee, Adam West, Gillian Anderson, David Duchovny, Lenny Kravitz, Mick Jagger… Alguém acha que nessa listinha há espaço para Fábio Capello? Hum, acho que não, hein?

domingo, abril 08, 2007

Capotando no Gol Mil

Anúncio fake que circula na internet: por causa desse Gol 1000, o Vasco pode derrapar.


Detesto me repetir. E mais ainda, se for neste blog. Mas é inevitável. Assunto: Vasco e o gol mil de Romário.


Mesmo quando ele não entra em campo, a saga do milésimo tento atrapalha o time vascaíno. Sim, porque o Baixinho não jogou contra o Cabofriense, mas compareceu ao estádio Alair Corrêa para ver a partida. E no intervalo, quando o Vasco foi para o vestiário com uma atuação pífia nas costas e 2 a 0 adversos no placar, Romário fez a segunda coisa que mais sabe fazer (além dos gols): disparar flechadas verbais. Das arquibancadas, em entrevista ao excelente Tino Marcos, soltou o verbo. Detonou Renato Gaúcho e Leandro Amaral porque estes, durante a semana, afirmaram que a ansiedade pelo feito de Romário estava atrapalhando toda a equipe. E não fez por menos: disse com todas as letras que “quem não agüenta pressão tem que ir embora, seja o treinador ou qualquer jogador”.


Não sei se a torcida vascaína faz questão de Renato Gaúcho. Mas criticar Leandro Amaral é mais do que uma injustiça: é uma temeridade. Ele é, sem sombra de dúvidas, o melhor jogador do Vasco atualmente. Não é coincidência. Dois fatores têm sido decisivos para o declínio vascaíno: a ansiedade do time desde o momento que saiu o gol 999 e a queda de rendimento de Leandro Amaral (provavelmente por este mesmo motivo). Desde que ele não marca, a equipe não vence.


A declaração de Romário pode ser a fagulha que faltava para estourar o paiol vascaíno. E lamentavelmente, mais uma vez, quem perde é o clube. Ou alguém duvida que, se sobrar para alguém além do técnico, Leandro Amaral pode começar a sofrer um processo de fritura na panelinha do Baixinho?


Pegando carona com uma meta que não era a sua, o primeiro semestre do Vasco pode capotar no Gol Mil.