Site Meter Sem Salto Alto: 08/07/2007 - 15/07/2007

segunda-feira, julho 09, 2007

Há coisas que só acontecem ao Botafogo...

O artilheiro Dodô: afastado temporariamente
Não consegui escapar ao clichê. Foi inevitável recorrer à máxima popular, que garante um certo “fardo” ao Botafogo. O que dizer do resultado do exame antidoping que suspendeu ninguém menos que Dodô por pelo menos trinta dias?
O time alvinegro não é um esquadrão. Só que em 2007 é, sem dúvida, o que tem mostrado melhor futebol. Joga certo, com aplicação tática e coletividade. A defesa é segura; o meio-campo, equilibrado e habilidoso; o ataque é rápido e eficiente. Mas não se pode dizer que tem tido sorte. Foi assim nas finais do Carioca, quando teve chances de botar as mãos no título e não o fez. Resultado: perdeu o caneco numa decisão por pênaltis para o arqui-rival Flamengo. Na Copa do Brasil, estava ganhando do adversário quando perdeu para a arbitragem. Ganhou a pecha de “não saber decidir”. Veio o Brasileiro e pela regularidade, a equipe de Cuca abriu vantagem na tabela. Está vencendo e convencendo, ainda invicta. E neste momento, exatamente neste momento, perde seu principal jogador.
Sem dúvida, o clube moverá montanhas para ter o atacante de volta aos gramados logo. Mas até (e se) conseguir, será que a equipe vai manter o desempenho? A resposta eu não sei. O gênio Nélson Rodrigues, grande homenageado da Flip, já dizia: “Ponham uma barba postiça num torcedor do Botafogo, dêem-lhe óculos escuros, raspem-lhe as impressões digitais e ainda assim, ele será inconfundível. Por quê? Porque há, no alvinegro, a emanação específica de um pessimismo imortal”. Mas depois de enfrentar a falta de sorte e os erros de arbitragem, chegou a hora do Botafogo superar a si mesmo.
Foto: Globo.com

Dignidade palmeirense

Em reportagem do Globoesporte.com, li que o Palmeiras vai honrar até o fim o contrato do jogador Alemão, que faleceu em acidente automobilístico no último fim-de-semana. O atacante tinha contrato até 31 de janeiro de 2010 e Affonso Della Monica, presidente alviverde, garantiu que o clube não só pagará pelo compromisso como também ajudará a família em relação ao seguro de vida.

Atitude digna e louvável. Pena que não é regra. Que o diga a família do atacante Denner, que também morreu num acidente de carro no Rio de Janeiro. Até hoje, eles lutam na justiça para receber o seguro do atleta, que na época jogava no Vasco.