Site Meter Sem Salto Alto: 24/06/2007 - 01/07/2007

segunda-feira, junho 25, 2007

Lá e aqui

 Henry no Barcelona: antes da estréia, já marcando gols. Henry no Barcelona: antes mesmo da estréia, já marcando gols.

Henry foi apresentado oficialmente como jogador do Barcelona nesta segunda (25/06). Cerca de 30 mil torcedores foram ao Camp Nou para conferir a chegada do artilheiro francês, que custou € 24 milhões aos cofres do clube.
Não vou nem entrar no mérito das cifras. Para mim, o fato de ter 30 mil pessoas num estádio para ver um jogador chama mais atenção. Tal número é maior que a média de público do Brasileirão (13.440 pessoas). No mesmo campeonato, apenas três jogos tiveram público acima disso: Corinthians 0 X 0 Paraná (40.162 pessoas); Cruzeiro 4 X 2 Atlético (36.746 pessoas); e Internacional 0 X 2 Grêmio (30.372 pessoas). E nem é porque o Brasileirão ainda não “embalou”; ano passado, a competição teve 12.401 de média de público. Pouco, muito pouco mesmo se pensarmos que é nesse mesmo Brasileirão que vimos craques como Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho, Kaká, Juan, Adriano e tantos outros despontando.
Podem dizer que a realidade brasileira é outra, que não temos condições de segurar os bons jogadores e muito menos os craques por muito tempo. Na minha opinião, falta mesmo é vontade: dos clubes, dos dirigentes, da TV que compra os direitos de transmissão, do jogadores, dos empresários, do governo. Coisa que sobrou na Inglaterra, lá no início dos anos 80, quando resolveram transformar um campeonato igualmente falido e sem atrativos num dos produtos mais valiosos do futebol mundial na atualidade.

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Além de Henry, o Barça apresentou a nova camisa para a temporada 2007/2008. O novo uniforme tem listras mais finas, novo desenho da gola e uma homenagem aos 50 anos do estádio do time ao redor do escudo no peito esquerdo (a inscrição "Camp Nou 1957 - 2007").
Mais uma pequena lição que poderia ser aproveitada pelos clubes brasileiros. Aqui, nenhum torcedor sabe ao certo quando o clube vai lançar uma nova camisa: acontece no meio da temporada, durante um campeonato, geralmente com um desfilezinho com famosos ou jogadores da equipe (e que às vezes, nem são os preferidos da torcida). Os modelos se misturam nas lojas e na cabeça dos torcedores. A cara do futebol brasileiro, como um todo.


Foto: AFP