Site Meter Sem Salto Alto: 05/08/2007 - 12/08/2007

sexta-feira, agosto 10, 2007

Superleague Formula: o futebol invade as pistas

Webb e Andreu: criadores da categoria que une automobilismo e futebol

“Dois grandes esportes, um campeonato emocionante”. Com esse conceito, o espanhol Alex Andreu e o inglês Robin Webb criaram a Superleague Formula, um campeonato que une o automobilismo e o futebol. Andreu é especialista em marketing que desenvolveu projetos de mídia e programas de divulgação para os Jogos Olímpicos de Barcelona, a Liga Espanhola de Futebol, a Seleção Espanhola, a FINA, a FIFA e a UEFA. Já Webb é um executivo financeiro conhecido pelas experiências e investimentos nos esportes motores. A idéia dos dois – genial, na minha opinião – é simples: no lugar das escuderias como Ferrari ou Williams, entram times de futebol.

O design dos carros é feito com as cores dos clubes participantes e segundo pesquisa realizada pelos criadores da categoria, vai atrair tanto os apaixonados por esportes motores quanto torcedores de futebol. Lançada em abril, a Superleague já conta com a participação do Milan, do Anderlecht, do Borussia Dortmund, do PSV Eindhoven, do Porto e do Olympiacos, além do Flamengo, que acertou a participação no campeonato no último dia 08, apresentando o modelo do carro rubro-negro em coletiva na Gávea.

Na primeira temporada em 2008, a Superleague Formula terá seis etapas na Europa, com previsão de crescimento para 2009. Todos os carros serão fabricados pela mesma empresa para garantir a igualdade na disputa e terão cerca de 750 cavalos de potência. O que vai fazer diferença mesmo é o piloto – e quem sabe, a força de cada torcida. Esse é o tipo de carrinho que todo amante do futebol gosta de ver e que juiz nenhum pode sequer um cartão amarelo.

Foto: Divulgação / Superleague Formula

quarta-feira, agosto 08, 2007

A teoria...

(...) “Dependerá do presidente (Ricardo Teixeira) perceber que ele não é dono da Seleção. Ela é do povo. Se os torcedores me quiserem de volta, estarei disponível”.

A frase é do atacante Ronaldo ao jornal “La Gazzetta Dello Sport” e na entrelinha, revela o desejo de retornar a vestir a camisa amarela. Nem tanto na entrelinha, o Fenômeno mostra ainda que não engoliu as críticas de Teixeira, publicadas no Estadão, a respeito do comportamento dos jogadores e da má-forma física do atacante na Copa de 2006.

“Em 2002, quando fomos pentacampeões, ele (Ricardo Teixeira) foi o primeiro a levantar a taça. Agora, ele não pensa duas vezes em nos criticar. A questão do peso nunca foi problema”.

Na teoria, Ronaldo está coberto de razão. Mas na prática...

A prática...

Ronaldo: vontade de estar na Seleção Ronaldo: vontade de estar na Seleção


Na prática, há muito tempo a Seleção Brasileira não é do povo. É dos patrocinadores, da empresa que negocia os amistosos da equipe e claro, de Teixeira & Cia, que em julho foi reeleito para mais uma mandato e permanece lá, na CBF, desde 1989. Às vezes, nem dos patrocinadores, como é o caso da Vivo, em pé-de-guerra com o comando da entidade (consulte post sobre o assunto).

Essa mesma Seleção não joga em seu próprio país desde 25 de abril de 2005, quando Romário despediu-se da amarelinha contra a Guatemala.

Na teoria, Ronaldo está certo; a Seleção Brasileira devia ser mesmo dos quase “190 milhões em ação”. Só que a prática revela que, infelizmente, os únicos “milhões em ação” que fazem o movimento “pra frente Brasil” são milhões de dólares (e não mais de corações).

Foto: EFE/UOL

segunda-feira, agosto 06, 2007

Nike x Pirataria

Linha Kick Off, da Nike: camisas originais, com preço mais acessível.
Linha Kick Off, da Nike: camisas originais, com preço mais acessível.


A iniciativa vinha sendo decantada há algum tempo, mas não tinha saído da gaveta. Agora, finalmente aparece nas lojas uma boa iniciativa não para combater – papel destinado às autoridades – e sim para concorrer com a pirataria.

A Nike lançou a “Kick Off”, camisa produzida pela empresa com design igual ao do uniforme utilizado em campo. Alguns detalhes são diferentes: o escudo (que na camisa dos jogadores é bordado e na linha Kick Off é feito em silk) e o tecido (em vez do moderno dri-fit da primeira, a segunda é feita de poliéster). Mas a grande diferença mesmo aparece no bolso: as camisas da linha Kick Off são, em média, 60 reais mais baratas que a camisa utilizada em campo. São vendidas a menos de 80 reais. Concordo que o preço ainda é salgado para a maior parte dos orçamentos no Brasil. No entanto, a iniciativa é boa porque abre caminho para a criação de alternativas que promovam a inclusão do torcedor comum no mercado de consumo do futebol. E, por tabela, gerem mais renda para os clubes brasileiros.

Flamengo e Corinthians, patrocinados pela Nike e donos das duas maiores torcidas do país, já têm camisas com preços mais populares. Será que a moda pega?