Site Meter Sem Salto Alto: 01/10/2006 - 08/10/2006

sexta-feira, outubro 06, 2006

Dois toques

Fla-Flu, 28/05/2006: Com um gol de Tuta, o Fluminense vence o Flamengo e chega à liderança do Brasileirão.
Fla-Flu, 04/10/2006: Apesar de sair na frente com outro gol de Tuta, o Fluminense é goleado por 4 a 1 pelo Flamengo e com 34 pontos, está cada vez mais próximo da zona de rebaixamento.
Um clube. Dois momentos. Seis técnicos em um ano. Uma vitória nos oito jogos do segundo turno. O que acontece com o tricolor carioca?

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O G14, que reúne os 18 maiores clubes do mundo, resolveu comprar a briga do Newcastle. O clube inglês quer acionar a FIFA e exigir uma indenização porque Michael Owen se machucou enquanto defendia o English Team na Copa e só deve voltar aos gramados em 2007. O Arsenal acena com a mesma possibilidade, já que o zagueiro suíço Phillippe Senderos também está fora da ativa por ter se contundido no Mundial da Alemanha. Quem puxou a fila na verdade, foi o pequeno clube belga Charleroi, que exige indenização de R$ 1,7 milhão pela contusão do marroquino Abdelmajid Oulmers durante amistoso do Marroccos contra a Burkina Faso, em 2004. Briga de cachorro grande. Muita água pode rolar.

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Começa domingo o octagonal da Série C. Bahia, Vitória, Treze (PB), Criciúma, Ferroviário, Ipatinga, Brasil de Pelotas e Barueri disputam quatro vagas na Série B. Promete confrontos mais emocionantes que muitas partidas da Primeirona.

quinta-feira, outubro 05, 2006

Quando a vida der um limão...


Abril de 2005. Para suprir uma carência e gols e da falta de um ídolo no ataque, o Flamengo prometia um reforço de peso para sua torcida. No dia quatro daquele mês, o clube trouxe... Obina. Verdade que a palavra ”peso” que adjetivava a palavra reforço parece ter sido literal demais a princípio... Mas o cara havia se destacado no Vitória na temporada anterior e quem sabe, poderia dar certo.
Jogo ia, jogo vinha e nada do cara se firmar. Foi xingado, hostilizado, vaiado, criticado, ridicularizado. Ficou dois meses sem marcar. Foi afastado para recuperar a forma. O jogo começou a virar quando, contra o Paraná, marcou o gol que garantiu matematicamente a permanência do Flamengo na 1ª divisão.
Abril de 2006. Com um ano no rubro-negro, os jornais anunciavam: “Obina deve deixar o Flamengo”. A Ponte Preta queria. Os dirigentes não se importariam. Nem a torcida... O negócio não fechou. Assim quis o destino, Obina continuou no Fla. Entrava e saía do time; algumas boas atuações; a maioria, nem tanto...
Até o dia 19 de julho. Neste dia, Obina saiu do banco para brilhar. Era a final da Copa do Brasil contra o Vasco e quatro minutos foi o tempo que ele precisou para abrir o placar. Tinha mais. Três minutos depois, roubou bola no meio-campo. Tabelou, recebeu, passou para Léo Moura cruzar para Luizão fazer o segundo. Com a ratificação do título rubro-negro, uma semana depois, Obina já era outro. Caiu nas graças da torcida. Ou melhor: caiu na graça. Com a corrida atrapalhada, mas raçuda; com os gols difíceis que marca e os fáceis que perde; com o jeito folclórico e “Joselito” que diz “Sou iluminado”.
Pipocam homenagens na Internet... Comunidades no Orkut (a mais engraçada delas, Obina Facts, reúne frases engraçadas e sem noção sobre o atacante). A torcida entoa alegremente “ôôô, Obina é melhor que o Eto´o” e “ééé, Obina é melhor que o Pelé”. Parece brincadeira! E é... Marcou três contra o Fortaleza, dois contra o Fluminense. E vai fazendo a torcida cantar feliz. O fato, é que por não se levar tão a sério quanto tantos outros, Obina está conseguindo espaço no coração da maior torcida do Brasil. Não é pouca coisa. Muita gente só tem feito essa torcida chorar, de raiva ou de dor... Obina não.
A torcida recebeu o limão e está fazendo limonada. E Obina, humilde e sedento por suar a camisa, está bebendo com gosto.

Foto: Carlos Mesquita/ Agência "O Dia"