Site Meter Sem Salto Alto: 22/04/2007 - 29/04/2007

segunda-feira, abril 23, 2007

Semifinais da Liga dos Campeões



Começa nesta terça (24/04) a fase semifinal da Liga dos Campeões. O Milan vai à Inglaterra jogar contra o Manchester United, num confronto que vai colocar frente a frente os dois atacantes que mais chutaram a gol na competição: Cristiano Ronaldo, dos Red Devils, e Kaká, que também é o artilheiro da LC com sete gols. Os italianos lutam pelo sétimo título europeu e também para não deixar que a final 2006/2007 seja 100% inglesa pela primeira vez na história. Desde que foi criada, em 1955, a competição só viu duas finais entre equipes do mesmo país: na temporada 1999/2000, com Real Madrid x Valencia; e na temporada 2002/2003, com Juventus x Milan.


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Na quarta, é a vez de Chelsea x Liverpool (segundo e terceiro colocados, respectivamente, na Premier League) entrarem em campo. Tomara que os ingleses façam confrontos acirrados somente dentro das quatro linhas. Deus salve o bom futebol (e a Rainha se tiver um tempinho sobrando).

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Falando em Liga dos Campeões, a “versão feminina” do torneio já está nas finais. O Umeå IK, time de Marta, perdeu em casa, nos acréscimos, para o Arsenal. Dia 29/04 tem o jogo de volta na Inglaterra. Sim, a competição das meninas tem dois jogos decisivos e não um, como na Liga dos Campeões (coisa que, aliás, eu realmente não entendo, nem do ponto de vista técnico muito menos do financeiro).

Imagens: Adaptação Uefa.com

domingo, abril 22, 2007

Deixem Messi ser Messi


Como não podia deixar de ser, o assunto mais badalado da semana foi o golaço de Messi. A perícia da jogada, a nacionalidade do jogador e a arrancada lembraram outro gol, feito por outro argentino. Sim, o gol de Messi foi semelhante ao gol de Maradona na Copa de 86. Imediatamente, começou a enxurrada de comparações. É o “novo Maradona”. É o “Messidona”. “É o meu sucessor”, nas palavras do próprio Diego quando viu o gol do jovem jogador do Barça do hospital onde está internado.

Futebol é assim mesmo. Quando Maradona surgiu, com certeza disseram coisas tipo “é o novo Di Stéfano”. Maradona despontou e escreveu sua história. Virou ele mesmo a referência, o ícone a ser igualado.

Então, vou na contramão agora para pedir: deixem Messi ser Lionel Messi. Ele só tem 19 anos. Fez uma obra-prima que o futebol não vê todo dia. Mas não foi só esse gol: quem acompanha o Barcelona, sabe que ele tem um potencial enorme, um repertório inesgotável. É um jogador exuberante, raro.. Messi tem direito a ser apenas Messi. E ‘apenas’ aqui não tem intenção de diminuí-lo. O ‘apenas’ denota o sentido de ser único. Como ele é.

O futebol precisa ver o nascimento de outros mitos; a nova geração precisa ver o surgimento de novas referências. Por isso, sinceramente, não acho que o futebol não precisa de outro Maradona. Até porque acho que o mundo já anda perdido demais para ter mais um gênio dentro de campo e uma figura tão digna de pena fora dele. Torço mesmo, cruzo os dedos para que Messi não tenha nada de Maradona. Faço votos que ele deslumbre, encante, surpreenda dentro de campo e seja um exemplo fora dele (como Maradona nunca foi). Que não enverede por determinadas encruzilhadas que o caminho da fama e do sucesso costumam cruzar. Que ele seja o ícone de atleta magistral nas quatro linhas e de ser humano notável fora dele. E quanto mais leio todas as notícias sobre o estado de Maradona e seus problemas de saúde, sua arrogância – a ponto do médico dele afirmar que o craque se acha “um Deus”, seu desequilíbrio e sua inabilidade para lidar com o que seu talento construiu, mais eu desejo que não esteja vendo o “novo Maradona”.
Deixem Messi ser Messi. Porque acho que isso vai ser mais do que suficiente para este brilhante argentino escrever seu nome na história do futebol mundial.

Mais golaços

A exemplo de Messi, o brasileiro Diego também fez um golaço essa semana, marcando do meio-campo na vitória do Werder Bremen contra o Alemannia Aachen. Verdade que não se compara à obra-prima do argentino, mas é um belo gol sem dúvida nenhuma.



Vale citar também o gol do ex-flamenguista Jônatas, do Espanyol, feito na rodada da semana passada, contra o Atlético de Bilbao. Assim como o gol de Diego, foi marcado de muito longe.