Site Meter Sem Salto Alto: Parece brincadeira...

segunda-feira, outubro 08, 2007

Parece brincadeira...

Abre o olho, Botafogo!
Seria engraçado, se não tivesse pretensão de ser sério. Seria um curioso episódio do futebol amador se não tivesse acontecido na Era (dita) Profissional. Seria surpreendente para qualquer clube. Menos para o Botafogo. E o que seria impensável, tornou-se plausível: menos de dez dias depois de ter sido demitido, o técnico Cuca reassumiu o cargo.

Na sexta-feira (05/10), Carlos Augusto Montenegro já dizia que o recém-demitido treinador poderia voltar ao cargo em 2008. Mas eis que o Botafogo entra em campo no sábado, perde em casa para o Santos e no domingo, os dirigentes encontram a solução mágica: sai Mário Sérgio, entra Cuca.

Não vou discutir a postura do Cuca. Mário Sérgio, que virou bola da vez antes do previsto, já desancou o ex-atual técnico botafoguense, taxando-o de antiético. Mas o que dizer dos dirigentes do Botafogo? O que dizer da falta de planejamento, das decisões tomadas no calor dos acontecimentos, da ausência de profissionalismo e do desrespeito – aos torcedores, aos dois técnicos, ao próprio clube (que com certeza, deve ficar com o ônus das rescisões e contratações-relâmpago)?

Errar é humano, reconhecer o erro é nobre. Mas para tudo há limite. Se Cuca era o homem certo para comandar a equipe alvinegra, por que saiu? Porque era preciso entregar uma cabeça na bandeja? Porque não podiam demitir o time que entrou e entregou o jogo na Argentina? E se Mário Sérgio era um nome tão errado assim, se tinha tão pouca capacidade de assumir o time, porque não contrataram logo uma baiana de escola de samba para ser técnica? Só assim a atitude dos dirigentes do Botafogo fosse aceitável. Ou nem assim...

O mais certo disso tudo é que esses dirigentes vão passar e o Botafogo vai ficar. Bem como este fato ficará registrado na história do clube e do futebol, naquele capítulo reservado aos fatos ridículos do esporte bretão. Aquele, onde estão registrados episódios como os três pênaltis perdidos num só jogo pelo Palermo, o papelão do chileno Rojas, os três rebaixamentos seguidos do Fluminense e por aí vai.
Foto: Enrique Marcarian/Reuters

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