Site Meter Sem Salto Alto: Ricardo Teixeira e Sun Tzu

quarta-feira, agosto 01, 2007

Ricardo Teixeira e Sun Tzu

A queda do Brasil em 2006 começou na omissão da CBF


A cúpula da CBF está na Suíça, em virtude da entrega do caderno de encargos da candidatura do Brasil como sede da Copa de 2014. E foi de lá que Ricardo Teixeira soltou o verbo contra uns e outros a respeito da derrota brasileira na Copa da Alemanha. Entre as principais declarações do dirigente, que pincei da matéria do UOL, destacam-se:

“Tinha jogador que chegava entre 4 e 6 da manhã bêbado".

"Era óbvio que aquilo (as badalações dos jogadores e poucos treinos) não ia funcionar. Como é que ninguém via isso?".

"Como é que um atleta (Ronaldo) pode chegar a uma Copa pesando 98 quilos? Eu tenho quase isso e não sou atleta".

"Por isso é que eu preciso de disciplina e esse é o papel de Dunga”.


Não sei se Ricardo Teixeira gosta de ler. E se gosta, se algum dia folheou ou realmente parou para ler a obra “A Arte da Guerra”, de Sun Tzu. O livro foi escrito há mais de 2.500 anos e tem treze capítulos, que abordam eventos e estratégias úteis para uso em um combate. Seja ele na vida profissional, na vida pessoal, na guerra mesmo ou... no futebol. E no décimo capítulo temos o trecho:

“Um general deverá saber as seis situações que apontam a derrota de um exército: quando os soldados fogem, quando eles possuem disciplina negligente, quando o exército está deteriorado, quando se desmorona sob a insurgência, quando é desorganizado e quando foi derrotado. Nenhuma destas situações é conseqüência de catástrofes naturais, elas são decorrentes das falhas dos comandantes”.

Eu nem precisaria ter lido isso para ter uma certeza: se o Brasil perdeu em 2006, não foi culpa dos jogadores que chegavam bêbados pela manhã; nem da badalação em torno deles. Também não foi culpa da falta de pulso de Parreira, nem das gordurinhas de Ronaldo. Parreira estava lá como empregado da CBF e os jogadores, a serviço da mesma. E ninguém pode ser mais culpado e mais errado que Ricardo Teixeira, que comanda a entidade. Culpado de omissão, de conivência e de negligência pela falta de atitudes para mudar o que estava errado. Sem falar da ausência de ética de tocar no assunto agora e da forma que foi feito. Bem que eu queria Sun Tzu na presidência da CBF...
Foto: Reuters

Um comentário:

Anônimo disse...

E aí Glauce,
tudo bem ?!

Show esse teu blog!
Parabéns! Tu é fera e um belo exemplo contra o machismo do nosso maravilhoso mundo da bola!

A propósito, concordo em gênero, número e grau contra esse pilantra do Ricardo Teixeira, deixa o ex-sogro dele no chinelo em pilantragem!

Saudações Rubro-Negras e Sucesso!