Site Meter Sem Salto Alto: Duas caras

quarta-feira, dezembro 19, 2007

Duas caras

Não adianta coçar a cabeça: tem é que usá-la


Apesar do título deste post, ainda não é dessa vez que vou falar de novela por aqui. Aliás, até vou. Mas trata-se de uma novelinha típica do futebol e que não tem nada a ver com o folhetim das 21h da Rede Globo – apesar da chatice em comum.

Os personagens variam. Podem ser Leandro Amaral, o Vasco, o Fluminense e o Botafogo. Ou Thiago Neves, o Palmeiras, o Fluminense – de novo e o Paraná. Ou Beto Acosta, o Náutico, o Corinthians e o Cerrito, do Uruguai. Mas o enredo é sempre o mesmo: motivado por propostas, jogador e procurador(es) metem os pés pelas mãos, fecham acordos a esmo e em determinado momento, ninguém sabe mais a qual(is) clube(s) o boleiro está vinculado. E aí a novela se arrasta para tribunais de justiça desportiva, trabalhista, FIFA, ONU ou qualquer outra instituição que seja capaz de definir qual camisa o sujeito vai vestir.

Já ouvi gente dizendo que isso é conseqüência da modernização do futebol. Afinal, o que rege a coisa toda agora é business e grana. Com isso, pode ser que os direitos federativos estejam vinculados a um clube, mas os direitos econômicos sejam de um grupo de investidores, empresários, sanguessugas e afins. Num resumo básico, o clube é apenas um trampolim para que outras pessoas ganhem muito dinheiro. Não há inocentes envolvidos. Mas os jogadores sempre posicionam-se como vítimas indefesas.

Até quando vamos ouvir essa ladainha de que foram mal-orientados, induzidos, aliciados, como se fossem incapazes de discernir entre o certo e o errado ou como se fossem meros fantoches? Até quando vão culpar procuradores, agentes, dirigentes ou quem quer que seja por assinarem mais de um acordo ou concordarem com contratos cujas cláusulas estejam pré-determinados a não cumprir? Até quando os jogadores de futebol vão agir como se suas cabeças fossem HDs vazios, cujo conteúdo vai sendo colocado aos poucos, sem nenhuma contestação?

Está na hora de mudar. Se gostam de usar tanto a palavra “profissional”, que façam jus a ela. Que se preparem para exercer esta profissão, como fazem tantos “mortais” por aí. E principalmente: que os jogadores de futebol tenham uma cara só. E que não seja de pau, como tantos têm demonstrado ter.

Um comentário:

Unknown disse...

O único jogador de futebol com inteligência o bastante pra cursar medicina e jogar futebol foi o Professor Sócrates. O resto joga futebol porque não quer ir na escola, é malandro, era aquele que sentava no fundão na segunda série.

O problema é que eles pararam na segunda série e acham que sua malandragem infantil dão certo no mundo da gente grande.

Vem aí o Pândegos v2.0!
Abraços
http://pandegosepatuscos.blogspot.com/