
O Botafogo é um clube atípico. E digo isso não como uma crítica ou elogio. Digo como quem olha para cima e constata que o céu é azul.
Não sei se foi destino ou acaso. Se foi azar ou sorte. Não saberia precisar qual conjunção astrológica foi capaz de unir tamanha fome com tanta vontade de comer. O que sei é que as peças encaixaram-se perfeitamente, num quebra-cabeça extremamente passional. As peças? Bebeto de Freitas, Montenegro, Cuca, os jogadores e torcedores do Botafogo.
O Botafogo de hoje é uma sucessão de atos dramáticos. Se jogasse por música, os alvinegros jogariam por ópera. Tensão e drama do início ao fim. E isso não foi deflagrado pela derrota na decisão da Taça Guanabara. Foi, no máximo, levado ao extremo. Mas a vocação pelo drama... Essa estava lá há tempo, encravada e latente no clube de tal forma, que nem o xixi do Manequinho conseguiu eliminar.
O Bebeto que discutiu com jornalista na coletiva, que tirou o microfone do Lúcio Flávio para poupá-lo do delicado “momento emocional”, o Bebeto que renunciou – ou melhor, licenciou-se do cargo – é o mesmo que disse que tinha vontade de pular da Ponte Rio-Niterói por conta de um empate com o Friburguense.
O Montenegro então... Nem se fala. Este já chamou jogador de sem-vergonha, de frouxo e gritou horrores para a bandeirinha que anulou gols do clube contra o Figueirense, na semifinal da Copa do Brasil de 2007. Ah! Foi o mesmo que nada falou quando o árbitro não deu um pênalti claro contra o Botafogo na mesma competição nas quartas...
Já o Cuca é o cara que deixou o time após o vexame contra o River Plate e voltou menos de dez dias depois. Esta semana, declarou-se insone, alegando que nem dorme pensando no julgamento que vai analisar as confusões em campo na Taça GB. Foi mais longe, afirmando: “se eu souber que faço mal ao futebol do Rio, vou embora”. Mais depressivo só os conflitos no Iraque, a fome no continente africano ou qualquer desses males que assolam o planeta.
O Túlio que esbraveja contra a comemoração do Souza foi aquele que dias antes, pediu para ser sacado do jogo quando o Flamengo empatou; foi aquele que aconselhou botafoguenses a não irem ao estádio por conta do “complô” que impede o Botafogo de vencer; foi o que disse que só jogaria o Campeonato Carioca porque era obrigado por contrato...
A lista dos dramas alvinegros é maior, é quase interminável. Vou deixar de fora o doping de Dodô ano passado, o choro coletivo no vestiário ou as teorias conspiratórias. O que realmente faz o Botafogo perder vai além dos problemas de arbitragem. O fato é que nunca o clube mostrou-se tão fragilizado emocionalmente. Nem nos anos de jejum de títulos, nem na queda para a Segundona, viu-se um Botafogo em frangalhos. E isso, mais do que qualquer coisa, é que deveria ser motivo de discussão entre dirigentes, jogadores e torcedores do clube.
Não sei se foi destino ou acaso. Se foi azar ou sorte. Não saberia precisar qual conjunção astrológica foi capaz de unir tamanha fome com tanta vontade de comer. O que sei é que as peças encaixaram-se perfeitamente, num quebra-cabeça extremamente passional. As peças? Bebeto de Freitas, Montenegro, Cuca, os jogadores e torcedores do Botafogo.
O Botafogo de hoje é uma sucessão de atos dramáticos. Se jogasse por música, os alvinegros jogariam por ópera. Tensão e drama do início ao fim. E isso não foi deflagrado pela derrota na decisão da Taça Guanabara. Foi, no máximo, levado ao extremo. Mas a vocação pelo drama... Essa estava lá há tempo, encravada e latente no clube de tal forma, que nem o xixi do Manequinho conseguiu eliminar.
O Bebeto que discutiu com jornalista na coletiva, que tirou o microfone do Lúcio Flávio para poupá-lo do delicado “momento emocional”, o Bebeto que renunciou – ou melhor, licenciou-se do cargo – é o mesmo que disse que tinha vontade de pular da Ponte Rio-Niterói por conta de um empate com o Friburguense.
O Montenegro então... Nem se fala. Este já chamou jogador de sem-vergonha, de frouxo e gritou horrores para a bandeirinha que anulou gols do clube contra o Figueirense, na semifinal da Copa do Brasil de 2007. Ah! Foi o mesmo que nada falou quando o árbitro não deu um pênalti claro contra o Botafogo na mesma competição nas quartas...
Já o Cuca é o cara que deixou o time após o vexame contra o River Plate e voltou menos de dez dias depois. Esta semana, declarou-se insone, alegando que nem dorme pensando no julgamento que vai analisar as confusões em campo na Taça GB. Foi mais longe, afirmando: “se eu souber que faço mal ao futebol do Rio, vou embora”. Mais depressivo só os conflitos no Iraque, a fome no continente africano ou qualquer desses males que assolam o planeta.
O Túlio que esbraveja contra a comemoração do Souza foi aquele que dias antes, pediu para ser sacado do jogo quando o Flamengo empatou; foi aquele que aconselhou botafoguenses a não irem ao estádio por conta do “complô” que impede o Botafogo de vencer; foi o que disse que só jogaria o Campeonato Carioca porque era obrigado por contrato...
A lista dos dramas alvinegros é maior, é quase interminável. Vou deixar de fora o doping de Dodô ano passado, o choro coletivo no vestiário ou as teorias conspiratórias. O que realmente faz o Botafogo perder vai além dos problemas de arbitragem. O fato é que nunca o clube mostrou-se tão fragilizado emocionalmente. Nem nos anos de jejum de títulos, nem na queda para a Segundona, viu-se um Botafogo em frangalhos. E isso, mais do que qualquer coisa, é que deveria ser motivo de discussão entre dirigentes, jogadores e torcedores do clube.
Foto: Agência Lance!
Um comentário:
"Ó céus! Ó vida! Ó azar!"
Não, esta frase não foi ouvida pela última vez atravez da Hiena Hardy, não, não. Foi o coro unísone da torcida, diretoria, comissão técnica e jogadores do Bota.
Como diria um certo locutor...
"Pela mãe dos meus filhinhos!!"
O Bota só não tá mais feio que brigar com a mãe por causa da mistura. heheheh
Beijos!
http://pandegosepatuscos.blogspot.com/
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