quinta-feira, novembro 22, 2007
Relação patrocinador x patrocinado
Aqui, a relação entre patrocinador e patrocinado no futebol resume-se ao pagamento de patrocínio e exibição de marca na camisa praticamente. Não são formatadas ações integradas, que usem o clube como uma ferramenta não só de comunicação, mas de relacionamento, de geração de receitas alternativas e fidelização às marcas. Vou discutir o assunto com mais calma em breve. Mas é bom saber que os clubes brasileiros começam a perceber a diferença entre patrocinador e parceiro.
quarta-feira, novembro 21, 2007
Nem Deus salvou a Rainha

Era preciso somente fazer o dever de casa: vencer ou empatar com a já classificada Croácia em Wembley. Esses resultados garantiriam a Inglaterra na fase final da Eurocopa 2008. Os croatas abriram vantagem de dois gols no primeiro tempo. O English Team foi buscar o empate no segundo. Mas recuou e ficou assistindo o adversário jogar, jogar, chegar perto da área, ameaçar. Petric não tinha nada com os problemas ingleses e com um chutaço cruzado despachou os ingleses. A Rússia agradeceu e ficou com a vaga.
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Aliás, entre os classificados, não há nenhum time do Reino Unido. Nem Deus salvou a Rainha na Euro 2008.
Grupo A
Polônia e Portugal
Grupo B
Itália e França
Grupo C
Grécia e Turquia
Grupo D
República Tcheca e Alemanha
Grupo E
Croácia e Rússia
Grupo F
Espanha e Suécia
Grupo G
Romênia e Holanda
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A desclassificação não causa só um abalo na Seleção Inglesa. Uma interessante matéria do “Daily Telegraph” mostra uma previsão das perdas econômicas da eliminação. O prejuízo é estimado em £1 bilhão (aproximadamente R$ 3,6 bilhões), em perdas nos setores de publicidade, apostas, direitos de transmissão e produtos comumente consumidos por torcedores (como a cerveja por exemplo). Clique aqui para ler a matéria.
Foto: AP/Terra
terça-feira, novembro 20, 2007
Alhos e bugalhos
É preciso cautela e coerência nesse tipo de comparação. Primeiro porque Estatística é aquela ciência que, se um sujeito come quatro frangos e o outro come nenhum, a média vai dizer que cada um comeu dois. Segundo, porque para comparar duas coisas matematicamente é preciso que essas duas coisas tenham equivalência. Ou alguém acha válido comparar o desempenho de carro da Stock Car com um da Fórmula 1 e ainda utilizar isso para dizer que um tem mais potência que o outro?
Então, comparar uma competição que tem 64 clubes, escolhidos por critérios não muito evidentes para o consumidor (ou torcedor, se preferir) com outra que reúne os 20 maiores clubes do país não é válido. Ou alguém realmente acredita que uma competição que conta com a Associação Desportiva Senador Guiomard (também “conhecida” como Adesg/AC), Baré/RR, Barras/PI, Olímpico Pirambu/SE Coxim/MS ou Vilavelhense/ES possa realmente ser um sucesso absoluto de público? Então, se o Brasileirão 2007 tem “16.250 torcedores por jogo, e está crescendo, enquanto a Copa do Brasil fechou com 10.663 espectadores por partida” como afirmou Koff, tenho para mim que não foi por causa do sistema de uma competição ou de outra. A diferença escandalosa é que uma delas prima pelo critério técnico – não por acaso chamada de “elite do futebol brasileiro”. A outra parece mais com um instrumento político, da mesma forma que a Arena - partido conservador criado para apoiar o governo ditador aqui no Brasil - fazia. “Onde a Arena vai mal, um time no nacional”.
Sinceramente, Koff, nunca vi um torcedor ir ao estádio para ver “um sistema de pontos corridos”. Torcedor vai ao estádio para ver bons jogos, bons jogadores, bons espetáculos. O mata-mata é emocionante sim. Mas não quando realizado entre times e clubes que já estão mortos há muito tempo. Há meios melhores de defender os pontos corridos. Só não entra na minha cabeça que a defesa misture alhos e bugalhos.
segunda-feira, novembro 19, 2007
Tenha a Santa paciência, Santa Cruz...
Nesta segunda(19/11), entregou um dossiê ao Ministério Público e à Federação Pernambucana de Futebol denunciando "extorsão". Segundo ele, "o clube foi extorquido" e pessoas supostamente ligadas à arbitragem pediram dinheiropara arrumar resultados a favor do Tricolor. Parece que há números de contas bancárias e e-mails na documentação reunida e já há quem clame pela anulação da Série B.
Não vou aqui dizer que não há ou não houve manipulação de resultados. Acho que essas coisas surgiram junto com o futebol ou até antes dele, se bobear... O que me espanta é o dirigente que sabe dessas coisas e só resolve jogar no ventilador quando as coisas não saem como o esperado. Na minha terra, o nome disso é conivência. O sobrenome é omissão. Tenha a Santa paciência, Santa Cruz!
O Calcio em inferno-astral
Adoro o campeonato italiano: o inglês pode ser o mais valorizado pela TV, o espanhol pode ter os clubes mais ricos, mas se eu tivesse que escolher só um campeonato nacional da Europa para assistir, eu escolhia o da Terra da Bota. Acho que foram os domingos de Show do Esporte na infância, quando a Band começou a transmitir os jogos da Itália (e foi uma época de ouro, com o timaço do Napoli de Careca e Maradona, da Sampdoria do Vialli, do Milan de Gullit e Van Basten, da Internazionale do Klinsmann e do Matthäus etc). Mas o Calcio está num inferno-astral...
Depois do recente escândalo da manipulação de resultados, agora é a violência dos torcedores que mancha o espetáculo. Claro que o problema não é exclusivo da Itália; é que lá (como todo lugar que encara o futebol como um negócio sério) as coisas acabam tomando proporções maiores. Até a Giovanna Melandri, ministra dos Esportes por lá, manifestou-se, dando ao problema ares de questão nacional. E é mesmo... A legítima preocupação das autoridades poderia servir de exemplo aqui no Brasil, onde violentas torcidsas organizadas (?) fazem o que querem - inclusive, matando com dia e hora marcada, em confrontos "pré-agendados" pela internet.
quarta-feira, novembro 14, 2007
Idade da Pedra
Ele vestia um agasalho de um time que não é o seu, com marca de um fornecedor de material esportivo que não é o do seu clube e para piorar, ele parecia estar na Gávea (não sei onde a foto foi tirada, mas o ambiente ao fundo parece o do clube rubro-negro). Eu pergunto: alguém já viu David Beckham vestir alguma coisa sem ganhar nada por isso? Ou alguém aí acha que o Real Madrid, o Barcelona, o Manchester United deixa os jogadores vestirem o que bem entendem, ainda mais em horário de trabalho? A resposta é um sonoro não.
Talvez Souza não seja culpado. Provavelmente nunca foi orientado sobre o assunto (o que não justifica que ainda não tenha se tocado sobre detalhes como esse). Mas será que o Flamengo não se importa com isso? E os direitos de imagem, que custam fortunas ao clube? São usados para quê? Pelo visto, não são utilizados como ativos para negociar com os patrocinadores... Enfim... Há muito caminho a ser trilhado.
Aliás...

terça-feira, novembro 13, 2007
Pizza de bacalhau

Cerca de 300 torcedores do clube foram ao Tribunal de Justiça, no Rio, para protestar contra a lentidão do processo. Bravo, mas triste. O ideal seria que nenhum deles tivesse que fazer protesto para que a Justiça fizesse sua parte. O ideal seria que a história vascaína fosse respeitada. O vencedor poderia sim ser Eurico Miranda. Mas que o fosse sem sombra de dúvidas, respeitando o estatuto do clube, os sócios, a instituição Vasco.
Talvez seja pedir demais. Infelizmente, o futebol é um reflexo perfeito do Brasil como um todo. Foi o Vasco mas podia ser com qualquer outro clube ou federação. O país todo é uma grande pizzaria. E os vascaínos, engasgados, saboreiam uma pizza de bacalhau.
"Vou torcer para o Eurico ir para prisão
Roubou o Vasco, muito ladrão
Eurico, você envergonha a nossa história
Com o seu bando, tudo escória
Contra o Dinamite, roubou geral
Mas que vergonha, cara-de-pau".
domingo, novembro 11, 2007
Corinthians grande

Sou daquelas que acham que time grande já nasce com essa vocação. Seja por conjunção astrológica, por sorte ou por destino, a grandeza já está ali, no gene. E isso já bastaria, em minha humilde opinião, para que o respeito existisse.
Porque esse gene garante o “algo mais” que não se explica. Esse gene contraria estatísticas, derruba favoritos. Esse gene reverte adversidades e garante uma linhagem de fatos heróicos. Esse gene é capaz de ser mais forte que todo sangue ruim de dirigentes corruptos. Esse gene é capaz de unir em família milhões e milhões de torcedores. Esse gene desperta guerreiros. Esse gene, o Corinthians tem.
Que ninguém se engane: o time grande tem capacidade de escrever sua história e seu destino, conduzindo-os, comandando-os. O time grande vive de épicos e epopéias. E o time grande nunca é derrotado por antecipação.
segunda-feira, novembro 05, 2007
Perdendo a chance de (não) ficar calado

Para quem pretende ser bastião da modernidade e do profissionalismo do futebol no Brasil, o São Paulo deu uma tremenda bola fora. Não reconhecer que o Flamengo é sim, o primeiro pentacampeão brasileiro, é render-se ao atraso, ao futebol virada de mesa, ao amadorismo. É deixar-se enquadrar na Lei de Gérson. É descumprir a palavra dada – e assinada – já que, em 1988, o atual presidente são-paulino não só reconheceu o título rubro-negro no ano anterior, como ainda assinou embaixo. E que não seja dito que “o São Paulo só está agindo assim porque a CBF não reconhece a Copa União”. Porque há tempos, este mesmo São Paulo faz entender que não anda ao lado da CBF.
Sim, o clube que anda à frente perdeu uma chance e tanto de mostrar-se grandioso. E que fique claro aqui que ser grandioso é algo bem diferente de ser grande. O São Paulo perdeu a chance de não ficar calado. Mas calou-se. E dessa forma mostrou que não é, em essência, muito diferente de tudo que caracteriza o futebol brasileiro. Pode ter uma roupagem melhor, mais disfarçada. Mas ainda veste com gosto o pensamento roto e esfarrapado dos que querem levar vantagem em tudo.
domingo, outubro 28, 2007
Estamos em obras...
quinta-feira, outubro 18, 2007
A consagração
Não sei o que vai determinar a eleição de melhor jogador da Fifa este ano. Mas não vai mudar o fato de que Kaká é sim, o melhor na atualidade. Confesso que não via nele nada mais que um bom jogador quando começou. Queimei a língua e digo isso até com certo orgulho. Fosse ele unânime desde o início, talvez não chegasse onde está.
Os dois gols no Maracanã ajudaram a construir a goleada brasileira contra o Equador. E ajudaram a construir o coro “Ah, melhor do mundo” no estádio. Coro unânime. Foi a consagração de um jovem jogador. Foi a consagração de um grande craque.
segunda-feira, outubro 15, 2007
Sem gols, sem graça, sem futebol...
O futebol do Brasil foi pequeno. Futebol-anão, para ser mais exata. Como o Atchim, o Dengoso, o Feliz, o Soneca, o Mestre, o Zangado e claro... O DUNGA.
quinta-feira, outubro 11, 2007
Raio-X dos indicados da Fifa

Alguns dados sobre a lista são interessantes:
* A Itália é o país com mais jogadores indicados (total de cinco). Em seguida, aparecem França e Inglaterra (quatro indicados cada). A Espanha é boa em comprar, mas não em formar craques: só um espanhol está na lista.
* Em relação aos países onde os listados atuam, Espanha e Inglaterra lideram, com dez jogadores cada. A Itália aparece com seis. Alemanha (três indicados) e França (um indicado) completam a lista. Vale lembrar que os campeonatos espanhol e inglês são os dois mais ricos do planeta, com os clubes que mais arrecadam.
* Já em relação aos clubes, o Barcelona é a casa de sete dos 30 indicados. O milionário Chelsea aparece em segundo com cinco e o Milan é o terceiro com quatro (incluindo o favorito Kaká).
* Há dois goleiros, cinco zagueiros, um lateral, doze meias e dez atacantes na lista.
* Menção honrosa para o argentino Juan Román Riquelme. Ele é o único que conseguiu entrar na lista mesmo atuando a temporada 2006/2007 num clube da América do Sul (Boca Juniors).
segunda-feira, outubro 08, 2007
Parece brincadeira...

Na sexta-feira (05/10), Carlos Augusto Montenegro já dizia que o recém-demitido treinador poderia voltar ao cargo em 2008. Mas eis que o Botafogo entra em campo no sábado, perde em casa para o Santos e no domingo, os dirigentes encontram a solução mágica: sai Mário Sérgio, entra Cuca.
Não vou discutir a postura do Cuca. Mário Sérgio, que virou bola da vez antes do previsto, já desancou o ex-atual técnico botafoguense, taxando-o de antiético. Mas o que dizer dos dirigentes do Botafogo? O que dizer da falta de planejamento, das decisões tomadas no calor dos acontecimentos, da ausência de profissionalismo e do desrespeito – aos torcedores, aos dois técnicos, ao próprio clube (que com certeza, deve ficar com o ônus das rescisões e contratações-relâmpago)?
Errar é humano, reconhecer o erro é nobre. Mas para tudo há limite. Se Cuca era o homem certo para comandar a equipe alvinegra, por que saiu? Porque era preciso entregar uma cabeça na bandeja? Porque não podiam demitir o time que entrou e entregou o jogo na Argentina? E se Mário Sérgio era um nome tão errado assim, se tinha tão pouca capacidade de assumir o time, porque não contrataram logo uma baiana de escola de samba para ser técnica? Só assim a atitude dos dirigentes do Botafogo fosse aceitável. Ou nem assim...
O mais certo disso tudo é que esses dirigentes vão passar e o Botafogo vai ficar. Bem como este fato ficará registrado na história do clube e do futebol, naquele capítulo reservado aos fatos ridículos do esporte bretão. Aquele, onde estão registrados episódios como os três pênaltis perdidos num só jogo pelo Palermo, o papelão do chileno Rojas, os três rebaixamentos seguidos do Fluminense e por aí vai.
domingo, setembro 23, 2007
Fazendo o canguru-perneta
Valeu por tudo: pelos gols sofridos (sim, detesto essa coisa de ter a defesa zerada, tomar um golzinho só e voltar para casa); valeu pelo teste psicológico (abrir vantagem, perdê-la e sair novamente para fazer o resultado) e claro, valeu pela vaga na semifinal.
Agora, restam quatro equipes: a Noruega, a Alemanha, os EUA e o Brasil. Brasil, único time dos quatro que ainda não foi campeão mundial feminino. Brasil, de Marta, Cristiane, Formiga, Renata Costa, Andréia. Brasil, pronto para fazer história. Brasil que fez o canguru-perneta e bateu a Austrália por 3 a 2. As americanas são as próximas adversárias. E Deus queira, as próximas vítimas... Vai Brasil!
A insônia de Carlos Alberto
Não vou falar sobre o diagnóstico ou discutir as possíveis causas da falta de sono dele para não ser leviana. Mas a notícia me causa surpresa sim. Porque há muito tempo, Carlos Alberto dorme. Em campo.
Apontado como revelação e craque já nos primeiros jogos como profissional no Tricolor carioca, Carlos Alberto foi incensado por torcedores e pela imprensa desde cedo. E talvez por isso, achou-se no direito de sentir-se maior do que de fato é. Podem até listar os títulos que ele conquistou. Para mim, nem sempre quer dizer muito – basta dizer que Zico não tem uma Copa do Mundo no currículo e o Vampeta tem.
Ele foi para o Porto e não mostrou serviço. Culparam a adaptação. Repatriado pelo Corinthians/MSI, foi campeão brasileiro muito mais às custas de Tevez e Nilmar que por seu próprio brilho. Voltou ao Fluminense (campeão da Copa do Brasil em 2007), mas o tricolor jogava melhor quando ele não jogava. Carlos Alberto dormia em campo. Foi bastante vaiado. Só acordava para correr na ponta dos pés como uma bailarina que se arrisca a jogar bola; mas não bailava. Tocado, caía já olhando para o juiz e xingando meio mundo. Craque como acha que é, deve pensar que as defesas tinham obrigação de se abrir diante dele como o Mar Vermelho abriu para Moisés. Tentava jogadas de efeito, como se o passe objetivo – mas bem feito – fosse algo menor. Passou a se preocupar mais com a variação de penteados e menos com a variação de jogadas e a evolução do seu futebol.
Daí meu espanto ao ver que o Werder Bremen se preocupa em fazer Carlos Alberto dormir. Eu já acho que o melhor que ele faz é acordar. Acordar para a vida, para a carreira, para as oportunidades. Acordar do sonho de achar que é um craque, quando é – no máximo – um bom jogador. Acordar antes que caia da cama e se transforme num novo Roger: um meia que também despontou no Flu, foi apontado como craque e ainda hoje, aos 29 anos, não passa de uma “promessa”.
quinta-feira, setembro 20, 2007
A três passos do paraíso

quarta-feira, setembro 19, 2007
Abre o olho, Felipão
Eu, como Deus, não jogo com dados e não acredito em coincidências. A frase aparece no filme "V de Vingança", dita pelo personagem principal. Mas eu concordo com ela. E por isso mesmo, digo: abre o olho, Felipão! Não duvido nada que Mourinho surja no comando da seleção de Portugal.
Fair play em dois atos
Tudo porque, há três semanas, o jogo entre Nottingham Forest e Leicester City, válido pela Copa da Liga Inglesa, precisou ser suspenso porque o zagueiro Clive Clarke, do Leicester, sofreu um problema cardíaco. A partida foi interrompida quando o Nottingham vencia por 1 a 0, mas ainda assim, ninguém do clube hesitou em suspender a partida visando o bem-estar do atleta adversário. Foi o primeiro ato da lição prática de fair play.
Mas o grande ato ainda estava por vir. Partida remarcada, o Leicester City achou justo deixar o adversário marcar um gol no início da nova partida, restaurando o placar de 1 a 0. Para evitar qualquer suspeita de manipulação de resultados em sites de apostas, os dois clubes acertaram que o goleiro Paul Smith, do Nottingham, marcasse o gol. O lance é bastante inusitado, principalmente porque Smith chega a cumprimentar e ser felicitado pelos adversários enquanto caminha com a bola para abrir o placar.
O Leicester acabou vencendo por 3 a 2 de virada. Mas cá entre nós: em tempos de tanta brutalidade – no futebol e no mundo – penso que o clube sairia vencedor mesmo que não conseguisse virar o placar.